quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Conclusões

Talvez o ser Humano não seja tendencialmente bom. Já estive certa de que éramos intrinsecamente bons (e acho que até escrevi sobre isso!), mas tendo em conta o estado do Mundo e as coisas que ouço todos os dias, é impossível conseguir acreditar que nascemos bons. Ou então, não nascemos bons nem maus mas algo nos leva, tendencialmente, a optar pelo pior caminho. 

Bem vistas as coisas, não digo isto com um tom fatalista porque acredito que possuímos uma arma quase infalível para solucionarmos o problema, e essa arma é a educação. Acontece que talvez, nem todos nós estejamos munidos dessa arma. E embora grande parte das pessoas que vemos todos os dias não seja , também não é boa. E não ser mau é claramente insuficiente. Não basta não matar, não roubar... temos de ser realmente bons, mesmo nas coisas pequenas! Termos cuidado com o que dizemos, termos cuidado na maneira como tratamos os outros, sorrirmos mais, ajudarmos mais! Não esquecendo que educar é dar o exemplo. 

Se pensarmos que mais de metade do Mundo está em guerra, reparem nos milhões de crianças que são educadas nesse clima de maldade, de desespero... como é que podemos ter um Mundo feliz nessas condições? E quem não é feliz, maior dificuldade terá em ser bom...

Mas há esperança, claro que sim. Se somos capazes de coisas tão bonitas como a música, a pintura, o voluntariado, é porque temos também em nós qualquer coisa de muito bom.


Inté*

14 comentários:

Anónimo disse...

Nascemos barro. A bondade ou a maldade, são-nos dados pela mão do "oleiro".

Lápis Roído disse...

E depois há também a (in)definição de bondade. O que para nós, ocidentais, é excelente pode ser abjecto para outras culturas, sendo que a inversa é igualmente verdade. É complicado, sabes? Deviam ter feito esta coisa mais fácil!
R: o roído é fruto de um projecto bem estruturado, mas mal executado. Acidentes acontecem :P

Gaja Maria disse...

Dificílimo encontrar alguém mesmo bom. Todos temos maldade dentro de nós. Alguns mais do que outros claro. Há que todos os dias tentar ser melhor :)

Esmy disse...

Minha querida, esse é o grande desafio, que cada um de nós enfrenta diariamente e durante uma vida. Cabe-nos tentar melhorar e acima de tudo reconhecer humildemente, que somos humanos e nem sempre agimos da melhor forma. Perdoar é também um desafio, por vezes bem mais difícil do que praticar o bem...

Anónimo disse...

Tento diariamente ser uma pessoa melhor. Por vezes é difícil...
Penso que só assim sou feliz!!

Pedro Coimbra disse...

Temos uma base intrinsecamente boa.
O problema é que muita gente se fica pela rama e não vai à base.

O Inté significa que vai de férias?
Se sim, boas férias.

Jedi Master Atomic disse...

A bondade e a maldade são subjetivas.
Tu podes dizer que alguém que te rouba a carteira é mau, mas para essa pessoa e a sua familia que passa fome ele é muito bom.

Mam'Zelle Moustache disse...

O problema é que temos muitos exemplos que nos mostram que uma boa educação nem sempre chega.
A vida é lixada. Isso sim, é um facto...

*Nightwish* disse...

Acho que o mundo não se divide entre pessoas boas e más, mas que todos temos a bondade e a maldade dentro de nós e vamos escolhendo caminhos/acções/palavras/pensamentos ora bons, ora maus. Há aqueles que têm predisposição mais para a bondade, outros para a maldade.
Mas somos todos humanos.
E enquanto isso não for entendido, enquanto as pessoas não forem educadas para isso (educar, palavra chave, mas não é tudo), torna-se bem mais difícil.
****

mmm´s disse...

O homem é bom por natureza, a sociedade é que o corrompe... Diz Rousseau.

S* disse...

Lamento mas sei que há gente genuinamente má!!

Estudante disse...

homem do leme: sim, é uma boa perspectiva...

lápis roído: humm... eu acho que o conceito de bom ou mau são conceitos bem definidos... as pessoas é que gostam de os deturpar em função do que lhes convém :P

Gaja Maria: ;)´

Esmy: se calhar, perdoar também é uma forma de praticar o bem ;)

Teresa: :D

Pedro Coimbra: talvez seja isso ;) o "inté" é só uma forma de me despedir até ao próximo post :) as minhas férias, infelizmente, já foram!

Jedi Master Atomic: percebo o que queres dizer, mas acho que a bondade e a maldade não são conceitos subjectivos :P até porque, e pegando no exemplo que deste, muitas pessoas roubam e sabem que agiram mal, mesmo que essa fosse a única forma de sobreviverem :)

Mam'Zelle Moustache: sim, talvez não chegue... mas é muito importante :)

*Nightwish*: fazemos parte de um espectro, talvez :)

mmm's: quem sou eu para contrariar Rousseau :P

S*: acredito!

Anónimo disse...

A educação ajuda mas não é só a educação por si, pois a acumulação de conhecimentos ou pensar melhor nem sempre está associado a uma postura ética na vida. Tem a ver com o coração de cada um e do que é feito. Reparo naquilo que as pessoas fazem e, mesmo que sejamos humanos e não consigamos fazer sempre o melhor, quando reparo em comportamentos de desleixo ético e moral flagrante, mesmo que não me afecte directamente, evito relacionar-me com essas pessoas, pois condiciona-me a naturalidade. inconscientemente, penso sempre que a pessoa que o acto "impessoal" a que assisti será extensivo ao resto da personalidade. paninhos quentes de "y é mesmo assim. é o feitio dele"/ "a mim nunca me fez mal. não tenho nada a ver com isso" (mesmo que já se tenha assistido a injustiças) são quanto a mim eufemismos de quem não quer ver nos outros o que não quer melhorar em si. Qualquer pessoa que tente evoluir internamente sabe que é difícil, mas não é por isso que não devemos tentar. Viveríamos todos melhor. um beijinho muri

Estudante disse...

Muri: quando eu estou a falar de educação não me estou só a referir à educação "escolar", digamos assim :) estou a referir-me também à educação de princípios, de atitudes... essas coisinhas todas ;) E claro que devemos tentar! Sempre :D