quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Adeus 2015, olá olá 2016!

Mais um aninho. Este, se o pudesse personificar, seria um atleta de alta competição; não me lembro de um ano passar tão rápido. 

Hoje comemora-se a passagem de ano - hoje em dia, referida muito chic'mente como PdA (quase uma enfermidade...). Eu espero que, mais do que a passagem de um ano, comemoremos a nossa passagem por mais um ano. Porque o tempo não envelhece; o tempo não se cansa; na verdade, o tempo nem sequer muda - quem muda, somos nós - se quisermos, claro. Fomos nós que, quase egocentricamente, decidimos que a passagem era do ano. Contudo, quem está de passagem sou eu... e tu. Enfim, eufemismos de quem tomou a consciência da sua mortalidade e pequenez.
Eu não quero sentir que foi um ano que passou por mim, incólume e indiferente; o que eu quero comemorar é a mudança que estes últimos 365 dias trouxeram com eles, sabendo contudo, que 2016 traz consigo um potencial infinito de transformação e renovação.

Que 2016 seja um ano de palavras bem ditas e bem escritas, sem abreviaturas e sem pressas; que ponderemos aquilo que nos sai da boca - não confundamos espontaneidade com incapacidade de filtrar aquilo que pensamos e dizemos; que não poupemos sorrisos e gestos bonitos para com os outros - gestos verdadeiros e sentidos, sem hipocrisia e sem a cobardia de quem se mostra gentil sem se comprometer com os laços que cria; que encontremos alegria em tudo e saibamos descobrir a beleza nas coisas mais pequenas do dia-a-dia; que amemos muito: os outros, os animais, a natureza - que nos amemos. O amor é o segredo; pessoas que amam e são felizes são um terreno árido para a maldade e tristeza alheias.


Feliz 2016!



Inté*

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Ai esta época!

Acho que me sinto enfartada desde o dia de Natal...



Inté*

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O Avô não era de lamechices...

... mas há uns dias, disse que não ia morrer.

"Então porquê, Avô?"

"Porque tenho duas netas médicas!"

E senti um baque. Quase lhe disse como dizemos aos meninos pequeninos: isso não se diz! 

Claro que eu nunca vou conseguir evitar que as pessoas que eu amo acabem por morrer um dia, ou fiquem doentes. Talvez essa seja das maiores frustrações de um médico. Mas o Avô tem razão. Ele não vai morrer; não por sermos médicas, mas por gostarmos muito dele. Eu acredito que enquanto alguém transporte consigo a nossa lembrança e as nossas saudades, não morremos.

No fim, rematou com um dito popular:

"Há duas coisas que não podemos compreender: como é que os padres vão para o inferno e os médicos se deixam morrer!"

Sinceramente, custa-me mais compreender como é que os padres vão para inferno.



Inté*

E 2015?

Desde Janeiro que tenho guardado num frasquinho devidamente decorado para o efeito, pequenos papéis onde escrevo o que me acontece de bom. Quase todos os dias, escrevi um papelinho onde anotei aquelas pequenas alegrias do dia-a-dia. Às vezes, estava tão feliz, que me esquecia de escrever. Mas também houve dias em que, não tendo nada de bom para escrever, ponderei seriamente em criar um frasco antagónico onde apontasse as coisas menos boas... mas não. Para quê encher um frasco de más energias?

Ainda não reli nada do que escrevi. Só o farei no dia 31. Mas lembro-me de um dia escrever sobre as alegrias que me esquecia de colocar no frasco. Esta noção de que temos muitas alegrias que não valorizamos devidamente ou que acabamos por nos esquecer também é, por si só, um motivo de alegria.

Curiosamente, sei de muitos papelinhos que não escrevi por achar que certas alegrias não o deveriam ter sido. Não se assustem; não se trataram de alegrias pela desgraça alheia ou alegrias no limite da legalidade - foram antes, alegrias que dadas as circunstâncias, não deveriam ter sido tão grandes, por trazerem com elas um pouquinho de esperança e ilusão que já não se justificam. Foram (e às vezes, ainda são), alegrias duplas, envoltas num certo estoicismo e ao mesmo tempo, algum sentimento de culpa por achar que não me deveria permitir alegrar com certas coisas. Foi por isso que essas alegrias não entraram no frasco.



Inté*

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Os meus doentes são melhores do que os vossos la la la!

Quando lhe perguntei se sentia dores, disse-me que sim. E disse-me que também já o tinha dito, mas que ninguém acreditou nele.

"Olhe menina, há duas coisas que se deviam conseguir ver: uma é a dor. Devia existir uma espécie de luzinha que acendesse sempre que sentíssemos dor. Assim, acreditavam em nós. A outra, é a amizade. Também devíamos conseguir ver quem é verdadeiramente nosso amigo."

Há coisas que não se vêem mas que nós podemos fazer sentir. Espero que o vosso Natal seja cheio de sentimentos bonitos, muita alegria e coisinhas boas para comer.

Feliz Natal para todos!



Inté*

Assentar ideias...

Foi ontem noticiado no Público que, na sequência da não colocação de 114 médicos na especialidade, a Associação Nacional de Estudantes de Medicina pede uma diminuição do número de vagas nas faculdades de Medicina. Li esta notícia no Facebook e, mais uma vez, testemunhei como a estupidez e ignorância da opinião pública não tem limites. Impressiona-me cada vez mais, que as pessoas façam comentários sobre matérias que desconhecem completamente, não se coibindo de forma alguma de falarem sobre aquilo que não sabem. 

Vejamos, antes de mais, que todas as notícias que se prendam com médicos ou estudantes de Medicina, trazem imediatamente à tona a velha história de que os médicos são uma classe de elite que não faz nada e ganha muito. É ver como o ódio e a revolta discorrem nos comentários. Ridículo. Vão, por favor, verificar o ordenado de um médico antes de abrirem a boca. 

Em segundo lugar, as pessoas regozijam-se com o desemprego dos médicos. É triste mas é verdade. "Os professores e os engenheiros também estão no desemprego! Porque é que os médicos também não podem estar?". Bravo. Acho que é este tipo de atitude que precisamos: lutar pela igualdade nunca é demais! Mas se calhar, poderíamos lutar por outro tipo de igualdade, por exemplo: todos nós temos direito a um emprego. Lutar pelo desemprego não vale a pena, ele vem sozinho, poupemos as nossas energias nesse sentido. Ainda relativamente a este ponto, é importante frisar que a não entrada na especialidade NÃO É a mesma coisa que desemprego. A não entrada na especialidade médica é não permitir a um médico que termine a sua formação e, até hoje, a formação numa especialidade era obrigatória para um médico poder exercer a sua profissão. A formação em Medicina compraz o tempo de faculdade, um ano de prática clínica, que é o chamado Ano Comum, e mais 4 a 7 anos de especialidade. Por isso, quando um médico é impedido de aceder à especialidade, não o estamos a condenar ao desemprego; estamos a condená-lo a uma formação incompleta que o impede de exercer; é deixar o filme a meio. Entendidos?

Em terceiro lugar, a maioria das pessoas revolta-se com o facto de serem pedidas menos vagas para a entrada na Faculdade de Medicina porque temos falta de médicos e quererem limitar o número de vagas tem como único propósito garantir altos salários (outra vez) e consultórios cheios. Mais uma vez, comentários sem qualquer conhecimento de causa. O facto de termos um número de alunos superior à capacidade formativa em meio hospitalar, faz com que a qualidade de formação não seja garantida - teríamos portanto, bastantes médicos, mas médicos menos capacitados. Servem esses? E que tal termos médicos indiferenciados (médicos sem especialidade)? Há 50 anos que em Portugal é obrigatório tirar a especialidade e agora vai deixar de o ser. Brilhante, não acham? Mais um esforço e, qualquer dia, voltamos à Idade Média.

Portanto, minha gente, é assim: a opinião pública não fundamentada, que não discerne os tons cinzentos dos assuntos, que apenas se baseia em títulos de notícias e em comentários bairristas é o que atrasa este país. Incentivar, como eu vi fazerem ontem, à contratação de médicos estrangeiros, ao aumento do número de vagas nas faculdades, ao desemprego médico é tudo o que um Governo pode desejar. Assim se tomam medidas populistas que agradam ao povinho, burro e desconhecedor; medidas estas que, paradoxalmente prejudicam esse mesmo povinho. Mas ele parece agradecer ser chicoteado.

Não compreendo, sinceramente. Quando não tiverem certeza do que estão a dizer, perguntem! Abram essas mentes e procurem informar-se!



Inté* 

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Pormenores...

Destes últimos dias, apesar da azáfama - que na verdade é mais cá dentro do que lá fora - vão sobressaindo pequenos pormenores que, canalizando a minha atenção, mesmo que por pequenos períodos de tempo, frenam a aceleração que por aqui (mãozinha no peito) vai.

No Sábado passado, saídos de casa quase de madrugada, ainda o Sol não tinha nascido, já nós íamos a caminho da minha futura cidade. Mas aquela que eu deixei para trás, naquela manhã ainda por nascer, era um reflexo perfeito do céu, com as luzinhas das casas polvilhadas aqui e ali - um espelho irrepreensível das estrelas que ainda se podiam ver no plano acima.

A caixa onde guardamos o Presépio, que montámos hoje ao lado da árvore de Natal, é a mesma caixa desde que eu tenho memória da quadra Natalícia. Uma caixa hexagonal, em tons de castanho e beije, onde um dia alguém trouxe um pão-de-ló de Margaride. Está bastante mais velhinha, mas mantém um charme e um encanto que lhe valem um estatuto bastante especial no meu Natal. Esta caixinha é quase tão importante como a lareira acesa em casa dos Avós ou a fritura das filhós no dia 24. Quase que me apetece levá-la comigo; porque eu acredito que aquela caixinha, para além de guardar o Presépio guarda todos os Natais que eu já vivi.



Inté*

sábado, 5 de dezembro de 2015

Já não falta tudo!

A Estudante num T1 cheio de luz: check!



Inté*


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Coisas boas...

Quando metade das vagas da especialidade de Reumatologia (especialidade mais lindaaaaa do Mundo!) são ocupadas por colegas de curso:





Inté*

Miguel Esteves Cardoso

Miguel Esteves Cardoso escreveu:


"Reagir à Saudade e à Tristeza
A maneira de reagir à saudade e à tristeza é ter um coração bom e uma cabeça viva. A saudade e a tristeza não são doenças, ou lapsos, ou intervalos, como se diz nos países do Norte. São verdades, condições, coisas do dia a dia, parecidas com apertar os atacadores dos sapatos. É banalizando-as que as acompanhamos. Um sofrimento não anula outro. Mas acompanha-o. Para isto é preciso inteligência e bondade. Aquilo que resta são as pequenas alegrias (...). 
Falo das alegrias que se tornam rotinas, com que se conta: comprar revistas, jantar ao balcão, dormir junto do mar, dizer disparates, beber de mais, rir. Coisas assim. São essas coisas — entre as quais o amor — que não se podem deitar fora sem, pelo menos, morrer primeiro."

Todos os dias, os meus gestos pequeninos são uma fracção dos gestos que não posso ter contigo. E todos os sorrisos e conversas, e "bons dias", são formas de ocupar uma boca que não pode falar contigo. Mas se a maneira de reagir à saudade é ter um coração bom, então, o meu parece não ser bom o suficiente.


Inté*

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Done!

Consegui a vaga que queria. É uma alegria muito grande ver como as coisas se têm desenrolado conforme as minhas expectativas. Pelo menos, em termos académicos, não me posso queixar. Mas a minha maior alegria hoje, foi confirmar (porque eu já sabia!), que estou rodeada de amigos especiais que, mal eu acabo de escolher, já me estão a dar os parabéns e me fazem sentir merecedora das minhas conquistas. Mais importante ainda, é saber que estas pessoas que me são tão queridas, não se limitaram a felicitar-me hoje, mas acompanharam-me durante todos os dias nos últimos anos e contribuíram, sem dúvida nenhuma, para a minha vitória de hoje.

Se eu pudesse, entravam todos na vossa primeira hipótese e levava-vos a todos comigo!



Inté*

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

C'um caraças!

Ai que é já amanhã, é já amanhã!

Hoje andei tão parvinha que de manhã, quando entrei no Hospital, até me esqueci de fazer o registo biométrico (que é o novo termo para o antigo "picar o ponto" e a que nós, tão carinhosamente, apelidamos de "pôr o dedo").

É amanhã que vou escolher aquilo que vou fazer pelo resto da minha vida! Ou melhor, eu acho que isso ficou decidido desde o primeiro dia de aulas na Faculdade... mas agora é uma ratificação desse dia; uma espécie de réplica em maior escala do ensaio que foi o dia da matrícula nos Serviços Académicos. Amanhã vou sentar-me como há alguns anos me sentei, não para escolher o meu curso, mas para renovar os votos com um dos maiores tesourinhos da minha vida.




Inté*

Ideias

Dizem-nos muitas vezes que o conceito de "deus" surge quando atingimos o limite do nosso conhecimento científico - quando deixamos de conseguir explicar o que encontramos. Deus seria assim, uma espécie de último recurso; uma consequência das nossas limitações.

É, a meu ver, uma perspectiva curiosa. Na verdade, à medida que vou tendo esse privilégio de aprender e descobrir coisas novas, mais as coisas me vão surgindo como a prova de que tamanha perfeição e complexidade, tem de ter por base muito mais do que uns átomos frios; tem de haver outra coisa qualquer... chamem-lhe o que quiserem.





"There are only two ways to live your life. One is as though nothing is a miracle. The other is as though everything is a miracle" - Albert Einstein



Inté*

domingo, 22 de novembro de 2015

À velocidade da luz

Já uma vez vos contei que, geralmente, sou ligeiramente mais rápida do que as portas automáticas.

Mas descobri recentemente, que sou também bastante mais rápida do que aqueles sensores que fazem acender a luz. Não são raras as vezes que entro e saio em divisões sempre às escuras, porque o sensor só me detecta quando eu já não estou... 

Mesmo à ninja.



Inté*

Cá por coisas...

Eu acredito em palavras bem pronunciadas e em textos bem escritos;
Eu acredito em em gestos pequeninos;
Eu acredito em empatia e solidariedade;
Eu acredito em "bons dias", "obrigado" e "desculpa";
Eu acredito em inconformismo e reinvidicação;
Eu acredito em energias positivas;
Eu acredito em almas livres.



Inté*

sábado, 21 de novembro de 2015

Pela boquinha morre o peixe!

Sim, eu sei que há algumas semanas postei um texto em que critiquei seriamente a incompetência da ACSS (que coordena o processo de escolha da especialidade, entre outros).

Mas a verdade é que, na próxima terça-feira de manhã, vou finalmente poder escolher a minha especialidade! Parece que este ano as coisas vão correr melhor do que no ano anterior.

Um pequeno pormenor: este blogue testemunhou a quase totalidade do meu percurso académico... será que vou conseguir mantê-lo até ao final da especialidade? :)



Inté*

domingo, 15 de novembro de 2015

Têm razão!

Ficamos um tanto ou quanto revoltados quando nos acusam de vivermos acima das nossas possibilidades. E que a crise também se prende com o facto de vivermos acima das nossas possibilidades. E que temos de aprender a viver de acordo com as nossas possibilidades... Bah. 

Mas pensemos bem naquilo que é dito: "vivemos acima das nossas possibilidades"... meus amigos, é a mais pura das verdades. Se tivermos em conta que muitos portugueses já mal têm dinheiro para comer, é difícil não viver acima das nossas possibilidades; qualquer bem que adquiram é, simplesmente, viver acima das suas possibilidades, porque não têm poder de compra para praticamente nada...

Portanto, está correcto. Temos conseguido viver acima daquilo que seria esperado (e isso parece que chateia os economistas, não é?).



Inté*

Fico triste...

...com os comentários que defendem a erradicação das religiões, a vingança e a xenofobia como soluções para o terrorismo.

Fico mais triste com a quantidade de pessoas que nas redes sociais apoiam e aplaudem essas ideias. Mas quero acreditar que o número muitas vezes superior de likes e de indivíduos que se manifestam a favor desta cultura de rancor, se deve simplesmente ao facto de as pessoas boas estarem lá fora, ocupadas a fazer coisas mais importantes do que a mandar uns bitaites no facebook...





Inté*

sábado, 14 de novembro de 2015

Epá, já agora...

... não resisto fazer um comentário sobre as reacções aos ataques de ontem. Das primeiras coisas que ouvi foi algo do género: "agora deixem entrar mais refugiados, vá!". A sério? O Mundo só testemunhou ataques terroristas desde a crise dos refugiados? Por acaso sabiam que muitos dos elementos terroristas são cidadãos europeus? Hoje no telejornal alguém dizia que estes grupos terroristas não exportam elementos; eles IMPORTAM elementos. São cidadãos que todos os dias convivem lado a lado connosco... reparem na minuciosidade da estratégia: são indivíduos IGUAIS a nós, imunes à nossa desconfiança.

É incrível como um acto de puro ódio como o que aconteceu ontem desencadeia em nós sentimentos tão inúteis como o rancor e a intolerância. Não deveria ser o contrário? Não deveríamos unir-nos em defesa das pessoas, da Humanidade, dos valores que realmente nos poderão ajudar a erradicar situações como estas? Como é que criticamos uma atitude que repetimos logo de seguida?

É por isso que as consequências dos actos terroristas vão muito além dos seus efeitos imediatos: elas geram mais ódio, mais maldade, mais medo; tornam-nos animais ameaçados e irracionais, que a tudo respondem com actos de violência, na ilusão de que assim conseguirão sobreviver! A estratégia não está em impedir a entrada de refugiados, condenando-os à morte, nem isso seria coerente com aquilo que defendemos: por um lado choramos a morte de centenas de pessoas e por outro condenamos mais uns milhares? Mas está tudo doido???

Estamos errados... tão errados.



Inté*

13 de Novembro

Quanta falta de amor e tolerância vai neste Mundo...




Inté*

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Como eu consigo ser uma naba

Quando faço manobras com o carro, tenho de desligar o rádio.



Inté*

domingo, 8 de novembro de 2015

Por aqui ouve-se...






Bom restinho de Domingo e uma óptima semana!



Inté*

Introspecção de Domingo

Todos nós, penso eu, idealizamos certos aspectos da nossa vida. Há quem chame a isso "sonhos", outros optam pela designação mais pragmática de "objectivos", mas independentemente daquilo que lhe quisermos chamar, todos acabamos por delinear pequenas ideias e desejos para o resto dos nossos dias.

Fico muitas vezes a pensar se os meus sonhos - eu gosto de chamar-lhes assim - serão os mais apropriados. As minhas ambições não passam pela administração de um grande hospital, pela chefia de uma qualquer instituição ou pelo prémio Nobel. Não sou por isso, à luz dos ideais actualmente estabelecidos, uma pessoa de grandes ambições. Haverá outros aspectos igualmente importantes, certo?

Mas, de todos os sonhos que passam por esta cabeça e coração, será que algum será verdadeiramente útil a alguém? Será que não serão apenas uma forma de satisfação pessoal? Serão úteis a alguém além de mim?

O que interessa ao Mundo que eu conheça muitos países, que tenha uma família grande? Faz alguma diferença que eu tenha uma casa perto do mar ou no meio da serra? Melhora a vida de alguém que eu tenha um grande jardim onde os meus cães possam correr à vontade? Eu acho que não...

Chego à conclusão de que estou a sonhar pouco; de que, no geral, talvez grande parte de nós, sonhe pouco. Temos de sonhar também pelos outros... se calhar, sonhar aquilo que outros não sabem que deveriam sonhar.



Inté*


sábado, 7 de novembro de 2015

Morar no campo

Morar no campo é estar em casa a trabalhar e ouvir lá fora o som dos badalos das cabrinhas.
É ir dar um passeio a pé e ter alguém que convida a entrar na adega para provar a jeropiga.
É comprar os legumes a quem os plantou.
É ver cabritinhos acabados de nascer.
É ver os pastores chegarem ao final do dia com o seu rebanho.
É ter uma ribeira a correr à porta.
É passear o Pirata e deixá-lo beber água e molhar-se nas represas.
É estar rodeada de verde.

É tão bom!



Inté*

Ricardo Salgado - como ser um bom ladrão ou a melhor anedota do ano

Vou ser breve. Mas vou ser breve porque o que me faria realmente feliz neste caso, não seria escrever, mas sim dar um valente tabefe no Ricardo Salgado e nos senhores que tomaram as decisões de perdoar metade da dívida deste indivíduo e triplicar-lhe a reforma - que era muito baixinha, coitado.

Caras pessoas honestas, o que eu vos aconselho é que deixem de o ser. Roubem. Mas roubem muito - qualquer valor com menos de 6 dígitos é meramente ilustrativo. Roubem aos milhões. E, se quiserem realmente brilhar, roubem sem o necessitarem. O mais provável é que alguém vos perdoe o acto e vos aumente o ordenado. A única condição, é que o façam em Portugal. Porque só em Portugal é que os ladrões, aqueles mesmo de verdade que desgraçam a vida de centenas/milhares de pessoas, são premiados.

Ser bom trabalhador e cumpridor da lei em Portugal, tem-se tornado um verdadeiro acto de rebeldia. A avaliar pela quantidade de corruptos que temos nos mais altos cargos, admira-me como ainda não nos tornámos num bando de delinquentes. 

Noventa mil euros de reforma, Salgadinho. Noventa mil euros de reforma porque foste um bom menino. Noventa mil euros de reforma porque não te chegam os 3 milhões que roubaste. Há velhinhos que não tomam a medicação que lhe é prescrita porque não têm dinheiro... mas se calhar é porque não sabem poupar, não é?

És um monstro. Tu e as pessoas que deixam que estas coisas aconteçam.



Inté* 

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Prazeres pequeninos

Ainda fico contente quando faço gasimetrias* à primeira. Palpar o pulso e sentir a artéria: tum... tum... tum. "Estás aqui!"- penso eu. "Uma picadinha, está bem?" "Então não pode? Que remédio!...". Não consigo deixar de achar piada a este tipo de consentimento. Como se não se pudesse dizer que não... 

"Então cá vai". Fico muito quietinha a olhar para a seringa à espera que o sangue suba. Muito quietinha na esperança de que a artéria não me fuja e eu tenha de picar outra vez! "Vá lá, sobe, sobe, sobe!". Se os doentes soubessem as orações mentais que eu faço antes de os picar e nos segundos imediatamente à picada... iam achar que era doida.


E eis que, vejo o sangue a subir, um sangue roubado à circulação arterial; vem por ali enganado com a força com que deveria seguir pela mão até às pontas dos dedos. Que alegria tão grande, que alívio! "Pronto, já passou".

E aí vai ela de seringuinha na mão, com um orgulho que guarda só para si. "Consegui, consegui!".


Outras vezes, começa tudo muito bem, com o sangue a subir, e o estupor pára a meio. "'Tão? Onde é que te meteste?". E continuo a sentir o pulso, por isso a artéria fugiu, mas não para muito longe. "Tens de estar aqui algures, sua..." E quantos nomes eu lhe chamo! Acho que é por isso que às vezes já não a volto a apanhar... Sensíveis, estas maricas.





Inté*


*uma picadinha que, mais frequentemente, se faz na artéria radial (no punho) e que permite avaliar O2, CO2 e equilíbrio ácido-base.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Dias de prata

Não haverá, certamente, laço maior do que aquele que se criou, porque a Natureza assim o quis, entre o Céu e a Montanha. Agora que os dias se tornam cada vez mais invernais, cheios de chuva e nevoeiro, mais claramente eu discirno na paisagem pequenas provas desse amor já tão antigo. 

São braços fortes as grandes nuvens que avançam devagarinho e acolhem com delicadeza os cumes mais altos da serra. Quem a vê assim, imponente e tão majestosamente erguida sobre o sopé, não diria que a rendição aos encantos do Céu fosse tão prazenteiramente conseguida. Mas ela ali fica, lânguida, quase imóvel, nesse tão terno e duradouro abraço. 
Um abraço tímido, diria eu, pois sempre que se encontram assim, cai um véu sobre a paisagem, um nevoeiro cerrado, coberto de pequenas pedrinhas brilhantes, que esconde os dois amantes. 

Por estes dias, raras são as noites em que conseguimos uma visão clara sobre as estrelas. Penso que também o Céu se reserva esse direito de guardar pequenas surpresas só para quem lhe roubou o coração. Perdoo-lhe por isso, estas noites tão longas e escuras. As estrelas são da montanha e até lhe deram nome.

Esta conquista, à base de pequenos pontos fulgentes e dias de prata e cristais, terá a sua recompensa quando vier a neve e a serra se cobrir com um lindo e suave manto branco. Casar-se-ão os dois num abraço para sempre, à vista de todos e das andorinhas, que na Primavera já não há véu que os esconda.



Inté*


domingo, 1 de novembro de 2015

Sexta-feira 13

Novembro entrou hoje, a um Domingo. E é por isso que Novembro vai ter uma Sexta-feira 13.
Sabiam que sempre que os meses começam a um Domingo, haverá, certamente, uma Sexta-feira 13? 

Utilidade prática disto? Entre 0 e -1.



Inté*


O espírito é este



O espírito com que espero entrar na sala onde vou fazer a escolha da especialidade (sem contudo descurar a esperança de que posso conseguir aquilo que quero). 

Ainda não sabemos a data da escolha, mas sabemos que todos os dias estamos cada vez mais perto.
É vergonhoso que um procedimento que se repete todos os anos seja sempre tão mal organizado. O ano passado informaram os interessados que a escolha da especialidade seria feita no dia a seguir. Tendo em conta que em Portugal Continental, a escolha da especialidade só pode ser feita em Lisboa, Porto e Coimbra, imaginem o que isso representa para jovens médicos que vivem longe dessas zonas. Mais preocupante ainda, é o facto de em 2014, as listas definitivas de colocações terem sido divulgadas no dia 26 de Dezembro, sendo que o primeiro dia de trabalho foi dia 2 de Janeiro - menos de uma semana para encontrar casa numa cidade nova e fazer as mudanças. Uma falta de respeito, diria eu. Assim como é uma falta de respeito não nos atenderem o telefone na ACSS (que é quem desorganiza todo o processo) - dizem que é melhor enviarmos e-mail. E lá está o meu e-mail há mais de três meses à espera de resposta.
Ah, e o site onde temos acesso a todas as informações (cof cof) não vale uma merda, desorganização completa - um depósito de links e frases sem organização nenhuma.

Mas este tipo de coisas não é noticiado. Os médicos são sempre privilegiados e têm uma boa vida, não têm nada que se queixar... que se lixe.



Inté*

sábado, 31 de outubro de 2015

Conversas de Sábado

Conversas do almoço de Sábado aqui por casa: cremar ou enterrar? Discussão controversa enquanto degustávamos uma perninha de perú assada no forno.

"Eu cá acho a cremação bastante higiénica... ser enterrado é uma porcaria".

"Mas com a cremação a pessoa desaparece muito rápido!"

"A mim faz-me mais confusão saber que tenho um ente querido a apodrecer num sítio qualquer..."

"E quando cremamos, onde pomos as cinzas? Em casa, num potinho? E depois se o potinho não combina com o resto da decoração?"

"E se o potinho cai enquanto estamos a fazer limpeza e aspiramos a avó?"

"Quanto a mim, podem cremar-me e espalhar as cinzas lá no cimo da serra."

"Tão longe?! Espalhamos já aqui... ou ficas no cinzeiro do carro."

"E o vento que faz na serra? Era preciso direccionar bem a coisa, se não ainda ficavas  toda agarrada a mim."

"Sim, já não basta agora, ias manter o hábito de forma póstuma."

"Mas a Igreja Católica opõe-se à cremação... diz que se viemos do pó, ao pó temos de tornar..."

"Por favor! E pó não é cinza, queres ver? É mais pó do que ser comido pelas minhocas!"


E pronto, é isto. Pelo menos o perú estava bem bom.



Inté*

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Falta pouquinho

Hoje, quando pousei os pezinhos no escalão da porta, lembrei-me que daqui a menos de três meses, vou começar a sair pela porta de outra casa. Não me senti triste; mas fiquei com saudades...

Já uma vez aqui mencionei que, não poucas vezes, consigo sentir saudades de coisas que ainda não vieram. E ter saudades de coisas que ainda se têm? 

Olha que isto...



Inté*

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Desculpa lá

Eu gosto muito da minha mana e sei que ela gosta muito de mim, mas de vez em quando lá nos desentendemos. Na sequência de uma dessas zangas, a mana desculpou-se (afinal eu tinha razão!..) presenteando-me com uma planta, num vasinho verde pequenino - era um cacto.

Um dia destes, estava eu a pensar numa coisa qualquer, quando pousei os olhos no dito cacto. Anos depois do acontecido, estranhei a escolha da planta. "Um cacto?! Para pedir desculpas? Um monte de pequeninos espinhos para fazer as pazes?..."

Por momentos, pareceu-me uma escolha tão inadequada! Mas depois, tendo em conta o tempo que a plantinha leva ali, pensei que afinal talvez não tenha sido uma ideia assim tão descabida. Afinal, um cacto dura uma eternidade, não murcha... tudo o que se deseja para um laço que se cria entre duas pessoas.

Bem sei que a mana não pensou em nada disto quando comprou o vasinho - ela é muito mais pragmática, não perde tempo à procura de subtilidades em tudo o que vê. Mas parece que, ainda que sem querer, acertou em cheio.

É, é isso. Rosas estão sobrevalorizadas.



Inté*

domingo, 25 de outubro de 2015

Queixinhas...

Então é assim, os próximos três dias apresentam um grande potencial de dar cabo da minha pessoa. E ainda hoje é Domingo e eu já estou a esperar ansiosamente pela Quarta-feira à noite para me livrar de horários malucos e de actividade extra. Eu bem sei que quem se quis meter em trabalhos fui eu. E não me arrependo, mas vai doer um bocado!...

Por outro lado, eu prefiro dias ocupados a dias vazios (com muitas oportunidades para pensar e divagar naquilo que não devo). Então é melhor assim: ocupar esta cabecinha, cabecinha teimosa, deixá-la cansada o suficiente para não dar aso a introspecções.

Sigaaaa!


Inté*

Sou uma chata...

Parece que, desde há algum tempo, algumas pessoas acham por bem não vacinarem os filhos. Só porque sim. Só porque ouviram alguém dizer que as vacinas provocam autismo... porque é fixe ser contra o sistema. Porque os outros estão vacinados e então não é necessário vacinar o próprio filho.
Gostei da imagem que vos apresento abaixo e por isso deixo-a aqui, para que se dissipem algumas dúvidas:  




Inté*

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Dia de Urgência

Acabado o turno do dia de urgência, guarda-se o estetoscópio, pendura-se a bata. Um gesto simbólico do cair do pano do dia que acabou. Analogia merecida, dadas as cenas - umas mais dramáticas que outras... - a que tantas vezes assistimos (e de que somos protagonistas, também). 
Se conseguíssemos espreitar por detrás da bata pendurada, quantas histórias veríamos das horas que ali passámos; quantos olhares ali ficaram presos; agradecimentos; frustrações... Às vezes, acho que ao despi-la, deixo cair algumas destas histórias. Quantas coisas se perdem no fim daquele dia. Pobre bata. Mais pobre de quem precisa de alguém que a carregue.

Acabado o turno, cai o pano, mas só para alguns. Uma porta é o limite entre o Serviço de Urgência e o mundo corriqueiro. E como custa a acreditar que apesar da doença ali dentro, a vida segue lá fora! Que enquanto eu entro no carro para voltar para casa, há quem fique lá atrás; há quem já não conheça outra moradia. 
É um pensamento egoísta este de pensarmos que a nossa morte é o fim de tudo. Nós morremos e não há uma folha que deixe de cair, uma noite que não venha... tudo fica na mesma. Nós somos mesmo pequeninos.


Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Alberto Caeiro



Inté*

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Curta palavragem III

Às vezes, custa-me perceber se estou cheia ou se tenho fome...

Estas hormonas dão cabo de mim.



Inté*

Para quem não pode fazer nada

Sabem aquela sensação de querermos fazer algo de útil mas não sabemos bem o quê? Pois bem, hoje deixo-vos umas dicas.

A primeira, é o site da Amnistia Internacional. Se acederem a este site, para além de poderem ajudar de muuuuitas outras formas, podem também assinar as petições que fizerem mais sentido para vocês. Dois minutinhos do vosso tempo que podem fazer toda a diferença. A Amnistia Internacional já conseguiu resolver alguns casos graças às nossas assinaturas. 


Outra forma de ajudar: se vai viajar, saiba que há uma forma de ajudar a Amnistia Internacional sem qualquer custo adicional. Basta fazer a reserva através deste link do serviço Booking. Quer se tratem de viagens de negócios ou de viagens pessoais de lazer, as marcações através deste link vão possibilitar que, por cada noite reservada, dois euros sejam doados à Amnistia Internacional. Sem custos adicionais!



Se fornecerem o vosso e-mail, têm a possibilidade de serem frequentemente informados sobre novos casos. Podem também fazer um like na página do Facebook.


A seguinte dica é para vos relembrar que os clientes Meo podem converter os seus pontos em donativos para diferentes instituições. Basta acederem à vossa área de cliente e procederem à troca dos vossos pontos.


Gestos pequeninos, sem custos e que podem fazer a diferença.



Inté*

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Doutores e doutores




Quando esta tirinha foi publicada na página do Armandinho, algumas pessoas disseram que os médicos iam sentir-se ofendidos.

Na verdade, quando vi a ilustração pela primeira vez, fiquei na dúvida se seria realmente dirigida aos médicos ou a todos aqueles que se auto proclamam "doutores" com base em... sei lá. É que se ganhou um amor muito grande àquele "Dr-zinho" que vem antes do nome. Perderam-se os títulos da nobreza e veio o Dr. para os substituir - o ser humano gosta muito de se sentir distinguido (não exactamente por aquilo que faz, mas antes pelo estatuto que tem ou que faz crer que tem).

Por isso, hoje em dia, quase todos somos doutores de alguma coisa. Às vezes, basta estarmos sentados atrás de uma secretária, mesmo que não façamos nada durante todo o dia, e já somos doutores. Não é fabuloso? Como vamos então distinguir os verdadeiros doutores dos doutores auto-proclamados? Fácil. Os verdadeiros doutores nunca exigem ser tratados como tal; são, na maioria das vezes, pessoas realmente simples que sabem que o seu valor está naquilo que são e naquilo com que contribuem para o Mundo, portanto, não necessitam ganhar visibilidade exigindo aos outros que os tratem de certa maneira. 

Os doutores auto-proclamados não têm nada que sustente o seu Dr; a vida não plantou neles um ego satisfatório, pelo que é necessário colmatar essa lacuna. Além disso, aparentemente, não têm nada que faça crer aos demais que sejam doutores então, uma vez que o Dr. não é proferido espontaneamente, é preciso pedir (com um tom autoritário para mascarar a imploração) que os tratem como tal. E às vezes, as pessoas até se esquecem desse pormenor porque, enfim, não há nenhum aspecto que lhes recorde que aquela pessoa possa mesmo ser diferente, e mais uma vez, o doutor auto-proclamado, reaviva a memória com um "António, não; Doutor António".

Porquê? Não sabemos.

Mas reparem, este costume matarroano que ganhámos de nos afeiçoarmos a um Dr. em vez de gostarmos ser tratados pelo nosso nome, cada vez tem menos razão de ser. Quando o varredor na rua (sem qualquer intenção de desvalorizar a profissão) for tratado por doutor, os doutores auto-proclamados vão continuar a querer serem tratados por Dr.? Acreditam mesmo que um Dr. faz de alguém uma pessoa melhor e mais amada?

E já agora, para que serve o Dr.? Dá descontos no Cartão Continente?...


 
Inté*

Falta um mês!

Falta exactamente um mês para o exame do Harrison, já várias vezes abordado por aqui.

Um mesinho para rever matérias e limar arestas.

Um mesinho para se verem livres de dias e dias de estudo e sacrifício.
Eu bem sei que vocês vão desabafando com quem está à vossa volta. Mas não é fácil para o comum mortal perceber que é necessário estudar um ano inteiro a fio para um exame; que é necessário abdicar de muitas saídas, de muitos serões com a família, de muitas horas de sono e de tantas, mas tantas outras coisas para conseguirmos um bom resultado. 

Apesar de alguns aspectos cómicos que essa grande empreitada possa assumir, só quem passa por ela é que compreende verdadeiramente o que é o Harrison.

Força. Já está quase!



Inté*


domingo, 18 de outubro de 2015

Dia do Médico

Dois minutinhos de pausa para vos dizer que hoje é o Dia do Médico!




Que haja sempre muitos médicos merecedores do título de heróis. Que mais do que a capa e a máscara, tenham lá dentro um coração assim muito, muito grande, cheio de super poderes.



Inté*

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Parece que sim

Aqui a menina anda mais ocupada. E prevê-se que o fim-de-semana seja bastante preenchido também. O lado positivo é que estão a dar chuva para os próximos dois dias, pelo que o incentivo a ficar em casa a trabalhar sempre é um pouco maior do que quando o Sol está radiante lá fora.

Um bom fim-de-semana para vocês!

("fim-de-semana" ainda leva hífen? Já nem sei...)



Inté*

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Estou no hospital

Manhê é uma mãe galinha. Não do tipo galinha-pega-monstros, daquelas que nos sufocam com tantos cuidados e apego. Mas é preocupada que chegue... sobretudo quando chove a potes e eu pego no carro para ir trabalhar.

Mas Manhê fica descansada quando, chegada ao meu emprego, lhe digo: "estou no hospital".

Poucas mães se devem sentir aliviadas com este tipo de mensagens.



Inté*


domingo, 11 de outubro de 2015

Ai as voltas que isto dá!

Quando dizemos que alguém saiu ou foi dar um passeio, nunca dizemos apenas que a pessoa foi; dizemos que a pessoa foi dar uma volta. Partimos do princípio que a pessoa foi mas virá outra vez. 

Quando dizemos: "foi dar uma volta", na verdade, aquilo que dizemos não é que alguém está ausente, mas antes que essa pessoa já está de regresso. Saltamos, quase que ansiosamente, a parte da ida e mencionamos somente a vinda; assim numa espécie de saudades que manifestamos sem querer.

O mesmo não acontece quando mandamos alguém dar uma volta. A intenção seria que essa pessoa não voltasse mais. Mas, mais uma vez, as palavras possuem melhor carácter do que quem as profere - sugerem que quem nos incomoda, nos abandone temporariamente mas acabe por voltar. Para um pedido de desculpas, talvez?

Algumas vezes, as palavras conseguem ser melhores do que nós.



Inté*

sábado, 10 de outubro de 2015

Bonito, bonito...

... vai ser estar de urgência no dia da Latada.

Acho que vai ser divertido.



Inté*

Vai passar, Sr. Doutor?

Vai passar, Sr. Doutor?

É o que perguntamos quando o médico nos diz que estamos doentes. Se ele disser que sim, que vai passar, até parece que a dor deixa de doer tanto e que podemos correr um bocadinho mais depressa em direcção àquele dia em que sim, em que já passou. 

Já passou, já passou!

É o que a Mãe diz quando somos pequeninos e caímos desamparados. Depois do trambolhão, mesmo que doa, já passou. E passava sempre.

Mas há coisas que não passam, não é? Ou melhor, há coisas que doem exactamente porque já passaram. Mas passaram no tempo que nós calendarizamos, aquele que medimos com relógios, porque parece haver outra escala qualquer em que as coisas que já passaram, demoram mais a passar.




Inté*


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Desafio

A Confessions in Pink passou-me este desafio. Ora aqui vai:


Sou muito... perfeccionista. Chego a pensar se por acaso não terei alguns traços de um distúrbio obsessivo compulsivo.

Não suporto... gente lenta.

Já me zanguei... muitas vezes.

Quando era criança... parecia um menino.

Neste exacto momento... estou na preguiça!

Morro de medo de... ui, esta aqui não posso responder :P

Sempre gostei de.... comer!

Se eu pudesse... inventava chocolate 0 calorias.

Adoro sentir-me... útil. Frase de Miss Universo, já sei. Mas é capaz de ser também defeito de profissão.

Não gosto... de gastar dinheiro! Sou uma forreta, admito.

Fico feliz... com um livro e uma lareira acesa.

Se pudesse voltar atrás no tempo... não voltava.

Quero viajar... muito!

Eu preciso... de dormir. Umas oito horinhas seguidas já faziam de mim uma pessoa feliz.

Não gosto... outra vez? Não gosto de muitas perguntas!



Inté*